No dia 5 de novembro será apresentado o Terceiro Repertório da Orquestra Brasileira de Cantores Cegos, com cantigas de diferentes manifestações culturais, como o canto do maracatu, a melodia do catimbó, o boi-de-mamão, o bumba-meu-boi, o rojão de roça e outros cantos de trabalho, o coco de roda, a roda pisada e o congo. 

Ao todo, são dezoito cantigas da tradição oral brasileira garimpadas em comunidades diversas de Norte a Sul do país na voz de dezesseis cantores cegos.

Desdobradas em cinco naipes, as vozes ganham o acompanhamento do piano de Ewelyn Drummond e dos sons percussivos da regência de Thomas Davison. 

O repertório inclui os estados de Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Pará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Acre, que se destaca com quatro músicas: “Wacomayá”, canto indígena original do povo Noke Koi; “Xuc Xuc” e “Caboclo do Mato”, fusão de cantos indígenas do povo Shanenawa e Huni Kuin, com melodias dos bailes dos seringueiros; e “Uniti”, canção de origem indígena da região do Alto Purus.

A encenação aposta na plasticidade visual através de plataformas aéreas, balanços, plantas e flores, além das ações performativas de um coletivo de atores e a iluminação com alto contraste, imprimindo um tom onírico, evocando o imaginário de comunidades latino americanas presentes no realismo fantástico.

A Orquestra Brasileira de Cantores Cegos conta com recursos da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC) e patrocínio da EDP, distribuidora de energia elétrica do Espírito Santo, com o apoio do Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), e a realização da Associação Sociedade Cultura e Arte (SOCA Brasil), em parceria com a Cia Poéticas da Cena Contemporânea e o Espaço Contêiner.