
Série Quinta Clássica
13 de Março - Quinta-feira 20:00h
Teatro Ufes - Vitória, ES
Classificação etária: Livre
Oses celebra o dia Internacional da Mulher com presença de maestra e obras escritas por compositoras
As duas apresentações fazem parte das séries Quarta e Quinta Clássica, no palco do Teatro Universitário da Ufes
A obra de quatro compositoras será apresentada pela Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (Oses), em duas apresentações comemorativas ao Dia Internacional da Mulher, nos dias 12 e 13 de março, às 20h, no palco do Teatro Universitário da Ufes, em Goiabeiras. Os concertos, que fazem parte das séries Quarta e Quinta Clássica, contam com regência da maestra convidada Katarine Araújo, atualmente regente titular e diretora artística da Orquestra Sinfônica de Goiânia.
O programa começa com Abertura n.º 2, da compositora alemã Emilie Mayer, seguida pela Sinfonia n.º 3, da francesa Louise Farrenc. A terceira peça da noite é da compositora e pianista Juliana Ripke, com sua obra Eu, Mulher, criada sobre texto da escritora Conceição Evaristo. Encerrando a apresentação, o poema sinfônico Irlande, da parisiense Augusta Holmès.
Notas sobre o repertório
Emilie Mayer (1812-1883) foi uma compositora prolífica que escreveu uma vasta obra, que inclui música de câmara com piano, doze quartetos de cordas e um total de oito sinfonias para orquestra. Suas obras foram publicadas e executadas ao longo de sua vida, alcançando popularidade e aclamação da crítica. A sua Abertura n.º 2, em ré maior, é uma obra orquestral dinâmica e expressiva. Ela demonstra o domínio de Mayer da forma clássica combinada com a expressividade romântica.
Louise Farrenc, compositora e professora francesa, nasceu em 1804. Foi a primeira mulher a ser nomeada para o cargo de professora no Conservatório de Paris, em 1842 - a única mulher nomeada para esse cargo em todo o século XIX. Ela ficou no conservatório por 30 anos, período em que se tornou uma das maiores professoras de piano da Europa. Como compositora escreveu sinfonias, aberturas e música de câmera, tendo recebido o Prêmio Chartier em 1861 e 1869. Farrenc escreveu sua Sinfonia n.º 3, em sol menor, em 1847. A estreia foi dada pela Orchestre de la Société des Concerts du Conservatoire, em 1849.
A compositora e pianista Juliana Ripke (1988) é doutora e mestre em musicologia pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e bacharel em piano pela Faculdade Cantareira. Suas composições têm sido estreadas por importantes corpos artísticos nacionais e internacionais. Eu, Mulher, foi criada sobre texto de Conceição Evaristo e estreada em outubro de 2021. A obra explora a identidade e a força feminina.
A compositora parisiense, de origem irlandesa, Augusta Holmès (1847-1903) se descrevia como uma “poeta-compositora” e escreveu extensos prefácios e notas de programa para suas obras sinfônicas. Alguns de seus poemas sinfônicos continham programas altamente políticos, como Irlande (Irlanda), de 1882, que contrapõe o passado glorioso da Irlanda com seus problemas contemporâneos. A música se inicia com um pastor cantando nas colinas, retratado por um clarinete solo. Isso é logo seguido por um animado festival folclórico e por uma melodia de trompa. Uma mudança de humor, sinalizada por uma caixa clara e pela tuba, leva a uma marcha fúnebre em homenagem aos irlandeses mortos. No final, percussão e trompas convocam os antigos heróis da Irlanda.
Sobre a maestra
Katarine Araújo é licenciada em piano e mestre em performance/regência pela Universidade Federal de Goiás. Foi vencedora do II Concurso de jovens regentes do Theatro Municipal de São Paulo, em que, durante o ano de 2016, foi maestra assistente na Orquestra Experimental de Repertório. Como convidada, esteve à frente das orquestras: Sinfônica de Santo André, Sinfônica da Paraíba, Theatro São Pedro, Filarmônica de Goiás, Sinfônica de Goiânia e Camerata Sesi. Foi titular do Coro Sinfônico de Goiânia e assistente na Orquestra Acadêmica Mozarteum e Filarmónica Portuguesa. Atualmente é regente titular e diretora artística da Orquestra Sinfônica de Goiânia e doutoranda em regência na USP e UA (Portugal).
A realização é da Cia de Ópera do Espírito Santo (Coes), Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (Oses), Governo do Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Cultura (Secult) e parceria da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Programa:
_Emilie Mayer: Overture n.º 2, in D major
● Maestoso
_Louise Farrenc: Sinfonia n.º 3, Op. 36
● Adagio - Allegro
● Adagio cantabile
● Scherzo. Vivace
● Finale. Allegro
_Juliana Ripke: Eu, Mulher (originalmente escrita sobre texto de Conceição Evaristo)
_Augusta Holmès: Irlande
● Largo - Allegro vivace
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Série Quinta Clássica
Qui, 13 de Março de 2025
Vitória, ES